quarta-feira, 18 de maio de 2011

Fabio Rosso entrevista Poliana Colorada

Da indiferença ao futebol à paixão colorada

         Quando pensamos em fanatismo, logo vem à cabeça o comportamento que muitos torcedores têm em relação aos times de futebol. Alguns definem como paixão, outros como cultura, há quem diga que é doença e uns pensam ser exagero. A questão é que quando o assunto é futebol, muitas pessoas transformam suas atitudes. O coração bate mais forte, as emoções se acentuam.

         Em Não-me-toque, município do Rio Grande do Sul, a estudante de Jornalismo da Universidade de Passo Fundo (UPF), Poliana Patricia Glienke, de 20 anos, é exemplo desse fanatismo que envolve diversos torcedores pelo mundo inteiro.


Fabio Rosso - Quando iniciou o fanatismo pelo Internacional?

Poliana Patricia Glienke - Sempre fui torcedora do Internacional, porém minha paixão pelo esporte, em especial ao Inter, começou em 2005. Naquele ano o Inter decidia o Campeonato Gaúcho contra a equipe do 15 de Novembro. Meu pai, Romeu Glienke, sempre que podia acompanhava os jogos, mas justamente no dia da final coincidiu com a colheita da safra de soja e ele não pôde assistir. Foi ai que ele me pediu que eu fosse da uma olhada no placar final do jogo. Fiz mais. Acompanhei todo o jogo, “olho na TV e ouvido na Gaúcha” e ainda anotei todos os lances de suma importância da partida, para que pudesse contar a ele quando retornasse. Fiquei impressionada com a emoção sentida durante a partida. A partir daquela data, passei a acompanhar mais atentamente o mundo esportivo.

Fabio Rosso - O que te motiva a ser fanática pelo time?

Poliana - Talvez o simples fato de me sentir bem e feliz com isso. O reconhecimento do meu trabalho que desenvolvo pelo time.

Fabio Rosso - Qual o fato mais marcante para você em relação ao Internacional?

Poliana - Foram vários. A primeira vez no estádio, onde conheci um dos meus ídolos, Rafael Sóbis. O primeiro jogo ao vivo, Inter 1 x 0 Vasco, pelo Campeonato Brasileiro em 2010. A reportagem no Jornal Diário da Manhã de Carazinho. A nomeação como assessora de marketing do consulado do Inter de Não-Me-Toque. E claro, a escolha do curso de Jornalismo, onde a cada dia tenho mais certeza que estou no caminho certo.

Fabio Rosso - O que você já fez pelo Internacional?

Poliana - O simples fato de anotar todos os jogos, já demonstra o meu carinho por ele. Tenho blog (link com, twitter (@policolorada), facebook e e-mail relacionados ao time. Está em andamento também um projeto de criação de um site próprio onde nele estará exposto todo esse trabalho, para que internautas, amantes do esporte, possam conhecer o meu trabalho. Como se percebe, em tudo menciono a palavra colorada.



Fabio Rosso - Como sua família lida com esse seu fanatismo?

Poliana - De início eles consideravam uma loucura. “Para que perder tempo com isso?”. Essa era a pergunta feita várias vezes a mim. Confesso, parava para refletir. Mas em nenhum momento desisti. Quando percebi que isso poderia me trazer um resultado positivo, me motivei mais ainda.

Fabio Rosso - O fanatismo te levou a cursar Jornalismo para após trabalhar com esporte? O que você pretende profissionalmente?

Poliana - Sim. Foi um dos motivos que me levou a cursar Jornalismo. Porém eu já gostava de escrever, acompanhar noticiários, escutar rádio AM e sempre admirei muito o trabalho dos jornalistas. Profissionalmente, quero me especializar em Jornalismo Esportivo e quiçá trabalhar e um meio de comunicação como a Gaúcha ou Zero Hora.

Fabio Rosso - O que considera que você faz de mais fanático pelo Inter?

Poliana - Como diz certa comunidade na rede social do Orkut “Agora não posso tenho jogo do Inter”. Essa frase explica tudo. Gosto de ir à associação assistir aos jogos, sempre acompanhada de um caderno e uma caneta. Depois retornar, e continuar atenta, escutando as coletivas, e o que de mais importante aconteceu no mundo, não só no meio esportivo, mas social, político e econômico. Enfim, informação é tudo.

Fabio Rosso - Qual a história que você recorda que mais lhe marcou em relação a algum contato que você já teve com o time que demonstra o seu fanatismo?

Poliana - Ainda em 2005, tive a oportunidade juntamente com meus colegas da 8ª série do Ensino Fundamental, de visitar a capital e conhecer os estádios, tanto o Olímpico quanto o Beira-Rio. Um comportamento, até certo ponto irreconhecível. Essa definição eu uso hoje, para definir o que aconteceu naquele dia. Nervosa, eu tremia ao simples fato de avistar o estádio. Quando vi os jogadores treinando, me vi realizada. Para completar recebi a notícia que o Rafael Sóbis iria nos conceder uma sessão de autógrafos e algumas fotos. Esse dia ficará marcado para sempre na minha vida.


Fabio Rosso - Você acha saudável o fanatismo? Ele alguma vez já lhe prejudicou? Você já deixou de fazer algo que deveria pelo Internacional?

Poliana - Eu considero meu fanatismo sadio, porque me faz bem. É gostar de algo e defendê-lo sempre que mencionado. As críticas também não podem deixar de existir, pois em muitos casos ela é necessária. Eu me considero fanática, quando há um jogo decisivo e que o time necessita da vitória. Nesse momento o nervosismo aumenta. Fora isso, considero como um projeto de pesquisa, onde me levou a adquirir um vasto conhecimento na área. Tanto que criei um blog, onde posto meus textos. Quanto à pergunta se já deixei de fazer algo, para acompanhar o jogo do Inter. Deixei sim, mas consciente, pois sabia que iria fazer algo mais interessante.

Fabio Rosso - O que você sente quando assiste ao jogo do Inter ou fala sobre o time?


Poliana - Foram poucos os jogos que não acompanhei desde que comecei com esse trabalho. Nos deparamos com certas situações que às vezes nos impossibilitam de acompanhar os jogos, mas nada que passe despercebido. No dia seguinte busco ler, assistir os melhores momentos para que eu possa fazer a minha análise e meu comentário. Sentimentos como orgulho, felicidade, satisfação. O simples fato de gostar o que está fazendo.

2 comentários:

  1. Dá-lhe querida colorada campeã!
    Torço por ti sempre!
    Um big beijo e AQUELA saudação vermelha e branca!
    :D

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  2. Obrigada, pelo carinho!!!
    A cada título uma nova motivação...
    É campeão!!!
    Saudações coloradas

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