domingo, 29 de janeiro de 2017

Tempos depois...

Voltei para postar aqui algumas entrevistas feitas por mim no Gshow...

Esta abaixo foi feita durante A Regra do Jogo, com a atriz Renata Sorrah.

Renata Sorrah defende felicidade de Nora: 'Triste ver casais juntos se odiando'



Crédito da foto: Globo/ Caiuá Franco.

Leia a matéria em: http://gshow.globo.com/Bastidores/noticia/2015/12/renata-sorrah-defende-felicidade-de-nora.html



quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Jornada de Literatura aproxima surdos do cinema

Especialista em Educação para surdos aponta que o desafio são legendas em filmes nacionais
 
Há quem diga que uma imagem vale mais que mil palavras. Para surdos talvez esta frase faça ainda mais sentido, pois são as imagens que os conduzem ao encantamento do cinema. Essa perspectiva vem sendo trabalhada na 14ª Jornada Nacional de Literatura de Passo Fundo. Até quinta-feira, 25 de agosto, deficientes auditivos e interessados no assunto participam de uma oficina ministrada pela especialista em educação para surdos, professora da UFRGS Adriana da Silva Thoma, na sala 01 do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade de Passo Fundo (IFCH/UPF), prédio B4.

Durante a atividade os participantes assistem a filmes que demonstram como a sociedade retratou este público por meio dos audiovisuais. Além disso, eles debatem os caminhos que as produções ligadas à sétima arte têm percorrido para se integrar aos mais adequados recursos em termos de acessibilidade e inclusão.

Para Adriana os surdos muitas vezes foram vistos no cinema como pessoas de pouca comunicação. Segundo ela, a maioria dos audiovisuais que desenvolve esta temática carrega consigo a metáfora do silêncio. Uma forma até preconceituosa de tratá-los como pessoas que não se comunicam. “O cinema tem um potencial enorme para problematizar as situações sociais, ao mesmo passo que ele aponta diferentes formas de ver o mundo, ele educa, provoca reflexão e auxilia no processo de construção do conhecimento do sujeito”, destaca.

A especialista aponta que um dos desafios atuais no Brasil é a aplicação de legendas nas salas de cinema não só em obras estrangeiras, mas também em produções nacionais. “Pesquisas demonstram que os surdos preferem esse recurso, pois a utilização da janela com intérprete, em geral muito pequena, acaba dificultando a compreensão”, defende Adriana. De acordo com ela, as legendas servem ainda para ampliar o contato dos deficientes auditivos com a língua portuguesa.
 
Texto e foto: Fabio Rosso

domingo, 31 de julho de 2011

Resenha

Relações robóticas de um mundo não tão futuro
Fabio Freitas de Rosso¹
            Um relacionamento maquínico. Seres feitos de lata com características humanas. Tecnologia, mundo digital, ciberespaço, real, virtual, um constante processo de territorialização, desterritorialização e reterritorialização. Um mundo não tão futuro. Uma sociedade não tão fictícia. Esses e outros aspectos já previstos pelos seres humanos há muito tempo atrás, hoje já dão indícios a uma possível sociedade que integra intensamente inteligência humana e artificial. É esse também o contexto que norteia o livro Eu Robô,  uma coletânea de nove contos escritos por Isaac Asimov, em 1950. Traduzido em 2004 pela Ediouro Publicações a obra apresenta um universo de possibilidades desta sociedade que investe a cada dia em novas tecnologias, tendo como personagens principais estes seres denominados de robôs.
            Não é incomum encontrarmos hoje em dia crianças se comunicando via MSN, por exemplo. A informação territorializada, que logo após sofre o processo de desterritorialização e depois é reterritorializada, transformando o comportamento tanto no espaço físico, quanto no espaço virtual, em um ciclo constante, é exemplo de que as relações sociais já estão bem diferentes de como eram antigamente.
            A relação de Robbie, o robô do primeiro conto de Isaac, com a menina Glória, se assemelha a esse comportamento que os jovens adotam na rede. As crianças não sentem mais tanto a necessidade do contato físico uma com as outras. Esse hábito é substituído pelas relações virtuais, do contato com máquinas que produzem conteúdo e que suprem suas necessidades.
            Da mesma forma, se reconfigura a comunicação. As redes sociais, como o orkut, por exemplo, que cria comunidades específicas para que os usuários possam interagir mutuamente a partir de seus interesses comuns, construindo significados a partir disso, carregam consigo uma das características principais do jornalismo online, oriunda dessa comunicação digital realizada no ciberespaço, que é a interatividade.
            Ao mesmo passo, Robbie atendia as necessidades da Glória. Assim como prevê o sistema de consumo, que diz que os homens são dotados de necessidades e buscam por objetos fontes que o satisfaçam. Mas como nunca estão satisfeitos, o ciclo se repete, como um mito, ou se assim podemos dizer, como os robôs, que são programados para atender as necessidades dos humanos.
            Tal conceito está previsto na Segunda Lei da Robótica que diz que um robô deve obedecer às ordens dadas por seres humanos exceto se tais ordens entrarem em conflito com a Primeira lei. “Eu posso vencê-lo todo dia. – Ela cantou estridente”, comemorava Glória. Será que se outra criança estivesse brincando com ela, agiria da mesma forma que o robô? Acredito que não, o que frustraria os anseios da menina de ser a vencedora em todas as bricadeiras.
            A mãe de Glória, porém, não considerava saudável esta relação, e tratava Robbie com ideias de descartabilidade, atribuindo a ele necessidades passageiras, oriundas do sistema de consumo, que consequentemente refletem nas relações. “Pode ir agora, Robbie. Ela não precisa mais de você”, afirmava a senhora.
            Os robôs também são parecidos com os humanos em termos de serem forjados em série, ou seja, são semelhantes assim como os homens que desenvolvem determinados hábitos pois precisam pertencer, serem aceitos nos grupos. Além disso, os robôs funcionam como a lei da cibercultura denominada Conectividade Generalizada que põe em contato direto homens e homens, homens e máquinas, mas também máquinas e máquinas que passam a trocar informações de forma autônoma e independente.
            Também podemos comparar os robôs, a objetos já existentes que  realizam funções vitais, como os óculos, begalas, entre outros, que suprem as necessidades humanas. Como defende Canevacci (2007), é uma espécie de coisificação do homem e humanização da coisa. São humanos utilizando da tecnologia para sobreviver e a tecnologia adquirindo características humanas para estarem adaptadas à sociedade.
            Com as vantagens desta relação, Glória não queria animal de estimação, não desejava amigos novos, não estava interessada em conhecer novos lugares. A menina só pensava em Robbie, que pode ser comparada com o ser maquínico da sociedade contemporânea que, conforme Batista (2011), é o sujeito forjado em série, marcado por uma ordem capitalística mundial, mas que ao mesmo tempo que segue tendências do mercado, carrega consigo processos de singularização. Robbie era único, atendia necessidades, substituia afetos, evitava problemas, superava expectativas.
            Sem dúvidas, vivemos em um mundo que caminha para uma nova tendência, marcada pelo consumo, pela tecnologia, pelo individualismo, pelo excesso de representeção. Mas aonde esta trajetória irá chegar, só o futuro responderá.    
_______
¹ Acadêmico de Jornalismo da Faculdade de Artes e Comunicação da Universidade de Passo Fundo (FAC/UPF). Estagiário da RBSTV Erechim. E-mail: farosso@terra.com.br. Resenha elaborada  na disciplina de Estudos Contemporâneos da Comunicação e da Cultura, ministrada pela professora Bibiana de Paula Friderichs.
REFERÊNCIAS
ASIMOV, Isaac. Eu, robô. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004.
BATISTA, Maria Cardinale. Emoção e subjetividade na paixão-pesquisa em comunicação. Desafios e perspectivas metodológicas. 2011.
MASSIMO, Canevacci. A metrópole comunicacional. Passo Fundo: Universidade de Passo Fundo, Faculdade de Artes e Comunicação. DVD. Palestra realizada durante o VIII Intercom Sul, 2007.

sábado, 2 de julho de 2011

Reportagem sobre Autismo


Eai pessoal, segue uma reportagem experimental que realizamos sobre projetos da Universidade de Passo Fundo (UPF) que trabalham com autismo. Confiram:





Abraço

Fabio Rosso
@fabio_rosso

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Fabio Rosso entrevista a escritora Ana Mello

Para uma boa história, poucas palavras bastam....



 Fabio Rosso - Se eu pedisse agora para você escrever um miniconto sobre entrevistas. Sairia algo?

"Ele jurou não mostrar seu verdadeiro eu, mas foi inevitável".

A resposta vem de imediato e é fruto da mente da escritora Ana Mello. Na entrevista de hoje, a autora conta um pouco mais sobre o incrível mundo dos minicontos. Essas curiosas produções que provocam a imaginação e instigam a criatividade.

Fabio Rosso - O que são os minicontos?
Ana Mello -
Minicontos são contos pequenos, com até 200 caracteres, na minha definição. A inspiração vem da vida, do cotidiano, como em qualquer outro gênero. Notícias de jornal fornecem boas ideias, contos maiores também. Aliás essa é uma boa isca literária, ler contos maiores, de escritores bem legais para produzir minicontos. Pelo curto espaço que o miniconto oferece e pelo efeito que ele deve causar, crimes, suspense, violência, são temas fáceis para escrever.

Fabio Rosso - Qual o tamanho indicado para um miniconto?
Ana - Eu gosto de 200 caracteres, sem contar o título. Não esqueça que caractere é qualquer letra, símbolo ou espaço em branco.

Fabio Rosso - O que mais lhe encanta em escrever um miniconto?
Ana - A habilidade na síntese e a capacidade de criar subtextos, aquilo que não é dito e que o leitor deve descobrir.

Fabio Rosso - Acredita que redes sociais como o Twitter, por exemplo, podem contribuir com a produção de minicontos?
Ana - Sim, com certeza, e isso só incentiva a leitura e a produção textual.



Fabio Rosso - Onde os minicontos costumam ser publicados?
Ana - Em blogs, nas redes sociais e em revistas, assim como a Veredas que já ultrapassou 1000 textos publicados e a Revista Minguante que é de Portugal.

Fabio Rosso - Hoje em dia, muitas pessoas têm preguiça de ler e escrever. Considera que o miniconto, pela proposta, pode ser uma forma de incentivar o hábito da leitura e da escrita?
Ana - Pode sim, é uma isca. Todos precisam de uma isca, precisam degustar para se apaixonar. Quando a gente lê um texto que nos empolga ou um livro que dá aquele beliscão literário, é aí que tudo começa. É paixão e casamento.

Fabio Rosso - Há concursos de minicontos?
Ana - Sim, vários. No Twiter, nas feiras de livro... Já fui jurada em vários.

Fabio Rosso - Como os escritores profissionais têm aceitado os minicontos?
Ana - É dever de todo escritor incentivar a leitura e a produção textual. Se minicontos são divertidos e contagiantes, ótimo, que venham os minicontos.


sábado, 28 de maio de 2011

Fabio Rosso entrevista a audiodescritora Letícia Schwartz

Como os cegos "enxergam" no cinema

"A audiodescrição é tão antiga quanto a cegueira". Com essa frase a audiodescritora da Mil Palavras Acessibilidade Cultural, Letícia Schwartz, inicia explicando o que seria essa técnica que, aos poucos, está sendo incluída em  algumas obras audiovisuais produzidas pelo mundo inteiro. O recurso possibilita que cegos e demais públicos beneficiados assistam à filmes, entre outras produções culturais, de forma cada vez mais independente. Confira a entrevista.


Fotografia de Letícia Schwartz em um estúdio de gravação. Ela está em frente a um microfone de pedestal e usa fones de ouvido. Sorri para a câmera.






Fabio Rosso - O que é a audiodescrição?

Letícia Schwartz -
A audiodescrição é tão antiga quanto a cegueira. Pessoas com deficiência visual sempre dependeram de familiares e amigos que se dispusessem a realizar a descrição do ambiente onde a pessoa se encontra, das características físicas das pessoas em volta, das ilustrações de um livro, das cenas de um filme ou de uma peça de teatro. A audiodescrição é a profissionalização desse “contar o que se está vendo”. A descrição objetiva dos elementos visuais é o que vai permitir a inclusão de pessoas com deficiência visual na vida cultural. Além do acesso, esse recurso gera autonomia, uma vez que a pessoa deixa de depender de seus acompanhantes para participar de qualquer atividade cultural.

Fabio Rosso – Quem está habilitado a produzir audiodescrição e onde ela é produzida?

Letícia - A audiodescrição normalmente é desenvolvida por uma equipe que conta com um audiodescritor roteirista, que desenvolve o texto e determina os pontos de inserção das descrições (a audiodescrição não pode colidir com os diálogos de um filme, por exemplo); um audiodescritor narrador, que deve fazer a locução desse texto de maneira clara e discreta; um técnico de áudio, responsável pela gravação, pela edição e pela mixagem da audiodescrição com o áudio original do programa; e um revisor, que deve ser uma pessoa com deficiência visual que avalia a clareza das informações e a qualidade geral do trabalho. Hoje em dia existem diversos cursos preparatórios no Brasil. Nesse sentido, sugiro a quem estiver interessado que consulte o Blog da Audiodescrição , um canal constantemente atualizado que divulga tudo o que acontece no país em relação à audiodescrição.

Fabio Rosso - Quais os públicos que a audiodescrição pretende beneficiar?

Letícia - O público preferencial da audiodescrição é aquele constituído por pessoas com deficiência visual. No entanto, existem ainda outros grupos que podem se beneficiar desse recurso. É evidente, por exemplo, seu potencial como ferramenta de apoio a pessoas com dificuldade de aprendizagem ou alguma deficiência intelectual. Nesse caso, a audiodescrição contribui com o processo de percepção, compreensão e fixação das informações mais importantes. Espectadores videntes também podem tirar proveito da audiodescrição. A maioria das pessoas tem por hábito deixar a televisão ligada enquanto estão ocupadas com outras atividades, como cozinhar, costurar, comer, passar roupa, etc. A possibilidade de gravar programas audiodescritos para ouvir em trânsito é também uma possibilidade atraente para esse público.

Fabio Rosso – Onde a audiodescrição é aplicada?

Letícia - Não só no cinema. A audiodescrição pode ser aplicada à DVDs, programas de televisão, peças de teatro, fotografias, desfiles de moda, eventos esportivos, slides de power point, casamentos, histórias em quadrinhos. shows de música, espetáculos circenses, exposições, roteiros turísticos... Tudo o que pode ser visto pode ser descrito.


Fabio Rosso - Na sua opinião, qual a situação da inclusão social dos cegos no Rio Grande do Sul e como a audiodescrição vem contribuir nesse sentido?

Letícia -
Acredito que somos resultado de nossas experiências, que cada filme que assistimos, cada livro que lemos, cada música que ouvimos contam um pouco da nossa própria história. Pessoas com deficiência, seja ela qual for, não podem ser privadas dessas experiências. A audiodescrição possibilita a inclusão na sociedade através do acesso à cultura, à arte, ao lazer e ao entretenimento. A acessibilidade cultural chega em busca da igualdade de condições, da liberdade de escolha e do desenvolvimento pleno do ser humano. No entanto, a questão da inclusão social dos cegos não depende apenas da audiodescrição. É preciso que a cidade como um todo seja acessível, para que a pessoa com deficiência visual possa ir e vir com liberdade e autonomia. Piso podotátil, sinaleiras sonoras e, principalemente, uma mudança de atitude por parte da população são alguns dos fatores que poderiam fazer a diferença.

Fabio Rosso - Como as salas de cinema podem ser adaptadas para que recebam o recurso?

Letícia - Na verdade, não basta que a sala esteja equipada. Para que as pessoas com deficiência visual tenham acesso ao cinema, três fatores são decisivos: Em primeiro lugar, os filmes precisam ter a audiodescrição. Ou seja, diretores, produtores e distribuidores precisam encarar os recursos de acessibilidade (audiodescrição para cegos e legendagem em português para surdos) como parte do processo de produção de qualquer filme. Em segundo lugar, as cópias do filme (digitais) devem incluir o recurso em uma faixa de áudio adicional, que será transmitida diretamente para fones de ouvido. Em terceiro lugar entra a adaptação das salas de cinema. O equipamento necessário é idêntico àquele utilizado para transmissão de tradução simultanea: um rádio transmissor que fica na cabine, conectado ao equipamento de projeção; e receptores e fones de ouvido para os espectadores. Dessa forma, apenas os espectadores que solicitarem os fones ouvirão a audiodescrição, evitando qualquer interferência no som da sala. Ou seja, é preciso que todos os envolvidos no processo tenham consciência da importância desse recurso e de que existe uma fatia de mercado que pode ser contemplada.

Fabio Rosso - Fazer audiodescrição é algo que exige um alto investimento?

Letícia - Em relação ao orçamento de produção de um filme, o valor é irrisório (menos de 1%). No entanto, para exibições pontuais o valor é, sim, elevado. A situação ideal é que a audiodescrição seja incluída no planejamento orçamentário de cada projeto. Dessa forma, os filmes poderão ser lançados já com audiodescrição e o custo desse serviço não recairá sobre os exibidores.

Fabio Rosso - Como foi a experiência de fazer a audiodescrição para o filme Antes que o mundo acabe? É o primeiro audiovisual gaúcho a contar com o recurso?

Letícia - Descrever o "Antes que o mundo acabe" foi uma experiência fantástica. O filme conta a história da um adolescente que vê seu mundo virar do avesso quando começa a receber cartas do pai, que jamais conheceu. No entanto, a relação entre os dois não se estabelece através de palavras, e sim de fotografias. Nosso desafio foi traduzir essa linguagem intensamente visual em palavras. Como as conversas com a diretora Ana Luiza Azevedo começaram bem antes do lançamento do filme, tivemos tempo de realizar o trabalho sem pressa, o que possibilitou que o processo fosse tranquilo e consistente. Além disso, o contato pessoal com a Ana e o Giba Assis Brasil (co-roteirista e montador do filme) permitiu uma troca constante, ajustando a audiodescrição à linguagem particular da obra. Em anos anteriores, foram realizadas algumas experiências com curtas exibidos em mostras. "Antes que o mundo acabe" é o primeiro longa-metragem gaúcho em que a audiodescrição está disponível no DVD. Ou seja, qualquer pessoa pode comprar ou retirar o filme na locadora, selecionar a opção "português com ad" no menu de configurações e assitir a versão com audiodescrição.

Fabio Rosso - Qual o retorno que os deficientes visuais têm dado ao assistir audiovisuais com o recurso da audiodescrição?

Letícia - Não é verdade que o cego seja um recluso. Diversas pessoas com deficiência visual frequentam cinemas e teatros mesmo sem a audiodescrição. Não compreendem, porém, boa parte das cenas, ou dependem de pessoas que cochichem em seu ouvido as informações visuais mais relevantes. Para as pessoas com deficiência visual, a possibilidade de assistir um filme com audiodescrição abre uma nova porta de comunicação com o mundo. Isso é o que os espectadores com deficiência visual tem apontado como os maiores benefícios: a autonomia, a liberdade de escolha, a possibilidade de compartilhar momentos de lazer com os familiares e amigos e a verdadeira inclusão na vida cultural da nossa sociedade.


Assista ao trailer do filme "Antes que o mundo acabe" da diretora Ana Luiza Azevedo  com audiodescrição: