sexta-feira, 10 de junho de 2011

Fabio Rosso entrevista a escritora Ana Mello

Para uma boa história, poucas palavras bastam....



 Fabio Rosso - Se eu pedisse agora para você escrever um miniconto sobre entrevistas. Sairia algo?

"Ele jurou não mostrar seu verdadeiro eu, mas foi inevitável".

A resposta vem de imediato e é fruto da mente da escritora Ana Mello. Na entrevista de hoje, a autora conta um pouco mais sobre o incrível mundo dos minicontos. Essas curiosas produções que provocam a imaginação e instigam a criatividade.

Fabio Rosso - O que são os minicontos?
Ana Mello -
Minicontos são contos pequenos, com até 200 caracteres, na minha definição. A inspiração vem da vida, do cotidiano, como em qualquer outro gênero. Notícias de jornal fornecem boas ideias, contos maiores também. Aliás essa é uma boa isca literária, ler contos maiores, de escritores bem legais para produzir minicontos. Pelo curto espaço que o miniconto oferece e pelo efeito que ele deve causar, crimes, suspense, violência, são temas fáceis para escrever.

Fabio Rosso - Qual o tamanho indicado para um miniconto?
Ana - Eu gosto de 200 caracteres, sem contar o título. Não esqueça que caractere é qualquer letra, símbolo ou espaço em branco.

Fabio Rosso - O que mais lhe encanta em escrever um miniconto?
Ana - A habilidade na síntese e a capacidade de criar subtextos, aquilo que não é dito e que o leitor deve descobrir.

Fabio Rosso - Acredita que redes sociais como o Twitter, por exemplo, podem contribuir com a produção de minicontos?
Ana - Sim, com certeza, e isso só incentiva a leitura e a produção textual.



Fabio Rosso - Onde os minicontos costumam ser publicados?
Ana - Em blogs, nas redes sociais e em revistas, assim como a Veredas que já ultrapassou 1000 textos publicados e a Revista Minguante que é de Portugal.

Fabio Rosso - Hoje em dia, muitas pessoas têm preguiça de ler e escrever. Considera que o miniconto, pela proposta, pode ser uma forma de incentivar o hábito da leitura e da escrita?
Ana - Pode sim, é uma isca. Todos precisam de uma isca, precisam degustar para se apaixonar. Quando a gente lê um texto que nos empolga ou um livro que dá aquele beliscão literário, é aí que tudo começa. É paixão e casamento.

Fabio Rosso - Há concursos de minicontos?
Ana - Sim, vários. No Twiter, nas feiras de livro... Já fui jurada em vários.

Fabio Rosso - Como os escritores profissionais têm aceitado os minicontos?
Ana - É dever de todo escritor incentivar a leitura e a produção textual. Se minicontos são divertidos e contagiantes, ótimo, que venham os minicontos.


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